domingo, 17 de junho de 2012

Luzia(Fóssil)

Luzia(Fóssil)-by:Scutuz Mangovsk

Reconstituição do rosto deLuzia by:Schtuz Mangovsk
Luzia foi o nome que recebeu do biólogo Walter Alves Neves o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, com cerca de 11.400 a 16.400 anos e que reacendeu questionamentos acerca da teorias da origem do homem americano. 
Este crânio de uma mulher, com cerca de 20 anos, foi encontrado no início dos anos 70 pela missão arqueológica franco-brasileira, chefiada pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire(1917-1977). O crânio foi achado em escavações na Lapa Vermelha, uma gruta na região de Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, famosa pelos trabalhos do naturalistadinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801-1880), que lá descobriu, entre 1835 e 1845, milhares de fósseis de animais extintos do período Pleistoceno - além de 31 crânios humanos em estado fóssil - no que passou a ser conhecido como o Homem da Lagoa Santa. Tinha habitos de comer plantas, frutas, raizes e raramente carne.

O nome Luzia

Foi na tentativa de retomar e aprofundar as pesquisas de Lund que a missão francesa achou Luzia, apelido dado pelo biólogo Walter Alves Neves, do Instituto de Biociências da USP. Ele se inspirou em Lucy, a célebre fóssil de Australopithecus afarensis de 3,5 milhões de anos achado na Etiópia no ano de 1974.

Hipóteses

Ao estudar a morfologia craniana de Luzia, Neves encontrou traços que lembram os atuais aborígines da Austrália e os negros daÁfrica. Ao lado do colega argentino Héctor Pucciarelli, do Museo de Ciencias Naturales de la Universidad de La Plata, Neves formulou a teoria de que o povoamento das Américas teria sido feito por duas correntes migratórias de caçadores-coletores, ambas vindas, provavelmente pelo estreito de Bering através de uma língua de terra chamada Beríngia (que se formou com a queda do nível dos mares durante a última idade do gelo).

Luzia, modelada pelo artista Cicero Moraes, usando como base o busto tradicional
Cada corrente migratória, no entanto, era composta por grupos biológicos distintos. A primeira, os chamados aborígenes americanos, teria ocorrido 14 mil anos atrás e os membros teriam aparência semelhante aos de Luzia. O segundo grupo teria sido o dos povos mongoloides, há cerca de 11 mil anos, dos quais descendem atualmente todas as tribos indígenas das Américas. Luzia possui cranio arredondado como o dos mongoloides e não tem o occipital saliente dos negroides, tal como tem leve braquicefalia como os mongoloides, ou seja, parece um tipo intermediário entre pigmoides e mongoloides, do mesmo modo que os australoides são a fusão de vários elementos do paleolítico superior e inferior, e mesmo os congoides de cranio arredondado possuem influencias residuais mongoloides de possíveis contactos pelo Indico com navegadores antigos asiáticos que inclusive colonizaram Madagascar a parte da costa leste africana, sendo fácil notar mongolização em povos da Africa Oriental e mesmo de outras regiões via repasse autossómico indirecto. Do mesmo modo na América do Norte foram encontrados povos tais como o de Kenewiki que possuem feições intermediarias entre mongoloides e caucasoides tão ou mais antigos que Luzia. O que indica que a maré mongoloide mais recente deve ter extinto estes povos anteriores de feições caucasoides e mongo-pigmoides em algum momento do paleolítico superior final.
O que mais dificulta hoje em dia analisar o DNA dos ameríndios é que muitos por mais isolados que aparentem estar hoje em dia durante os séculos da colonia foram muitas vezes tocados por expedições de bandeiras espanholas, portuguesas e de colonos independentes que levavam as vezes escravos a exemplo de um pequeno quilombo no Mato Grosso da época da mineração, o que indica que os luso-paulistas bandeirantes não usavam apenas mão de obra ameríndia, mas também mista, o que de facto compromete muito das analises genómicas ja que estas podem estar anacronicamente não mais puras como o eram antes de tais entradas aos Sertões do interior sul-americano.

Cidade-Estado

termo cidade-Estado significa cidade independente, com governo próprio e autônomo. Cidades-Estados eram comuns na Antiguidade, principalmente na Grécia Antiga, tais como TroiaAtenas e Esparta. Mais tarde as cidades-Estado e suas ligas, também vieram a fazer um papel importantíssimo na península Itálica. Por exemplo, as repúblicas de GênovaPisaFlorençaAmalfi e, a mais famosa de todas, Veneza.
O mesmo ocorreu na Alemanha, como a Liga Hanseática medieval ('Hansa' é um termo do alemão antigo que significa 'Liga'). Na Alemanha moderna existem três cidades-Estado: HamburgoBerlim e Bremen.
Atualmente, o termo cidade-Estado também é, às vezes, empregado para designar cidades que se transformaram em minúsculos países, como: Vaticano e Mônaco. Politicamente autossuficientes.
Singapura, na Ásia, conhecida internacionalmente como um dos Quatro Tigres doOriente, uma referência a sua robusta economia, também é uma cidade-Estado. Ainda na Ásia, Hong Kong e Macau também são consideradas cidades-Estado por possuírem a maioria de sua população em uma grande e dominante cidade em termos de território total.
No norte da ÁfricaTânger foi uma cidade-Estado por algum tempo no século passado. Quando a França e a Espanha dividiram o Sultanato de Marrocos em zonas administrativas de acordo com o Tratado de Fez de 1912, Tânger recebeu um statusespecial. A Convenção de 1923 transformou o status de Tânger em uma "cidade internacional", governada por uma Assembleia legislativa de vinte e seis representantes estrangeiros, oriundos do Reino UnidoFrançaEspanhaPortugalItáliaBélgica,Países BaixosSuécia e Estados Unidos. O poder executivo ficou sob o manto doComitê de Controle, composto de representantes consulares dos países signatários.
O poder do judiciário era administrado por cortes de juizes da paz da Bélgica, França, Espanha e Reino Unido. Árabes e judeus tinham sistemas de corte próprios.
Cidades-Estado da Grécia antiga
A partir do século VIII a.C., os gregos formaram as chamadas pólis, que eram cidades-Estados (cidades autónomas): estas cidades eram economicamente autossuficientes (autarquia); tinham uma massa proporcionada de cidadãos; era nestas cidades que se davam os cultos cívicos, religiosos e aos heróis e tinham leis próprias.
Cidades-Estado nas Américas
Algumas das mais notáveis cidades-Estado da América Central foram:
Teotihuacán, localizada a vinte e cinco quilômetros ao norte da atual Cidade do MéxicoCopán, localizada em HondurasTula (México), uma cidade Tolteca que dominou a região central do atual país do MéxicoTexcoco, uma pequena cidade-Estado do México, fundada por volta dos anos 1200 nas margens do (drenado) Lago Texcoco, a qual veio a servir de base de planos de ataque dos conquistadoresespanhóis à capital de Tenochtitlán (a atual Cidade do México); e ainda no México, a cidade-Estado de Tlaxcala, vizinha da cidade-Estado de Texcoco (citada acima), e rival invicta da poderosa cidade-Estado de Tenochtitlán, o que motivou seus líderes a ajudarem os espanhóis em sua histórica conquista desta cidade-Estado, a capitalazteca de Tenochtitlán.
É importante notar o papel histórico da jovem Malintzin, uma moça ameríndia também conhecida como La Malinche ou Doña Marina. Malintzin, que já era bilíngue antes da chegada dos espanhóis, tendo sido fluente em seu idioma materno, o nahuatl (idioma dos aztecas, também conhecidos como mexicas) e yucateco (a língua de seus amos, uma das línguas do tronco maia peninsular), facilmente aprendeu também a falar ocastelhano uma vez em contato com os espanhóis. Assim, dotada dessas habilidades linguísticas e, depois, adicionalmente, também na condição íntima de amante do conquistador Hernán Cortez, ela veio a auxiliar grandemente na devastadora dominação dos povos das terras da América Central pelos invasores ibéricos.
Vale notar que algumas destas civilizações da América Central chegaram a manter redes de comércio muito expansivas a se estenderem, por exemplo, até ao Vale de Ohio, ao norte, no atual estado de Ohio (localizado entre os estados de Nova Iorque eMichigan), na fronteira entre os Estados Unidos com o Canadá. Quanto aos limites meridionais destas vastas redes de empreitadas comerciais pelas cidades-Estado da América Central, isso ainda não está bem claro e definido. Mas certo é que obtiveram seus conhecimentos de ourivesaria de seus contatos comerciais ao sul. Portanto, é concebível que tenham chegado a alcançar comercialmente, através de povos intermediários, até as grandes civilizações andinas da América do Sul.
Algumas das cidades-Estado mais notórias da América do Sul foram ChancayCuscoSipanCajamarca e Caral; esta última, supostamente, sendo a mais antiga de todas elas.
by: Scutuz Mangovsk


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