Luzia(Fóssil)-by:Scutuz Mangovsk
Reconstituição do rosto deLuzia by:Schtuz Mangovsk
Luzia foi o nome que recebeu do biólogo Walter Alves Neves o
fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, com cerca de 11.400 a 16.400
anos e
que reacendeu questionamentos acerca da teorias da origem do homem americano.
Este crânio de uma mulher, com cerca de 20
anos, foi encontrado no início dos anos 70 pela
missão arqueológica franco-brasileira, chefiada pela arqueóloga francesa Annette
Laming-Emperaire(1917-1977).
O crânio foi achado em escavações na Lapa Vermelha, uma gruta na região de Pedro Leopoldo, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte, famosa pelos trabalhos do naturalistadinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801-1880),
que lá descobriu, entre 1835 e 1845,
milhares de fósseis de animais extintos do período Pleistoceno -
além de 31 crânios humanos em estado fóssil - no que passou a ser conhecido
como o Homem da Lagoa Santa.
Tinha habitos de comer plantas, frutas, raizes e raramente carne.
O nome Luzia
Foi na tentativa de retomar e
aprofundar as pesquisas de Lund que a missão francesa achou Luzia, apelido dado
pelo biólogo Walter Alves Neves,
do Instituto de Biociências da USP.
Ele se inspirou em Lucy, a célebre fóssil de Australopithecus
afarensis de 3,5
milhões de anos achado na Etiópia no
ano de 1974.
Hipóteses
Ao estudar a morfologia craniana
de Luzia, Neves encontrou traços que lembram os atuais aborígines da Austrália e
os negros daÁfrica. Ao lado do colega argentino Héctor
Pucciarelli, do Museo de Ciencias Naturales de la Universidad de La Plata,
Neves formulou a teoria de que o povoamento das Américas teria
sido feito por duas correntes migratórias de caçadores-coletores,
ambas vindas, provavelmente pelo estreito de Bering através de uma língua de terra chamada Beríngia (que
se formou com a queda do nível dos mares durante a última idade do gelo).
Luzia,
modelada pelo artista Cicero Moraes, usando como base o busto tradicional
Cada corrente migratória, no
entanto, era composta por grupos biológicos distintos. A primeira, os chamados aborígenes americanos,
teria ocorrido 14 mil anos atrás e os membros teriam aparência semelhante aos
de Luzia. O segundo grupo teria sido o dos povos mongoloides, há cerca de 11
mil anos, dos quais descendem atualmente todas as tribos indígenas das
Américas. Luzia possui cranio arredondado como o dos mongoloides e não tem o
occipital saliente dos negroides, tal como tem leve braquicefalia como os
mongoloides, ou seja, parece um tipo intermediário entre pigmoides e
mongoloides, do mesmo modo que os australoides são a fusão de vários elementos
do paleolítico superior e inferior, e mesmo os congoides de cranio arredondado
possuem influencias residuais mongoloides de possíveis contactos pelo Indico
com navegadores antigos asiáticos que inclusive colonizaram Madagascar a parte
da costa leste africana, sendo fácil notar mongolização em povos da Africa
Oriental e mesmo de outras regiões via repasse autossómico indirecto. Do mesmo
modo na América do Norte foram encontrados povos tais como o de Kenewiki que
possuem feições intermediarias entre mongoloides e caucasoides tão ou mais
antigos que Luzia. O que indica que a maré mongoloide mais recente deve ter
extinto estes povos anteriores de feições caucasoides e mongo-pigmoides em
algum momento do paleolítico superior final.
O que mais dificulta hoje em dia
analisar o DNA dos ameríndios é que muitos por mais isolados que aparentem
estar hoje em dia durante os séculos da colonia foram muitas vezes tocados por
expedições de bandeiras espanholas, portuguesas e de colonos independentes que
levavam as vezes escravos a exemplo de um pequeno quilombo no Mato Grosso da
época da mineração, o que indica que os luso-paulistas bandeirantes não usavam
apenas mão de obra ameríndia, mas também mista, o que de facto compromete muito
das analises genómicas ja que estas podem estar anacronicamente não mais puras
como o eram antes de tais entradas aos Sertões do interior sul-americano.
Cidade-Estado
O termo cidade-Estado significa cidade independente, com governo próprio e autônomo.
Cidades-Estados eram comuns na Antiguidade, principalmente na Grécia Antiga, tais como Troia, Atenas e Esparta. Mais tarde as cidades-Estado e suas
ligas, também vieram a fazer um papel importantíssimo na península Itálica.
Por exemplo, as repúblicas de Gênova, Pisa, Florença, Amalfi e,
a mais famosa de todas, Veneza.
O mesmo ocorreu na Alemanha, como a Liga Hanseática medieval ('Hansa' é um termo do alemão
antigo que significa 'Liga'). Na Alemanha moderna existem três
cidades-Estado: Hamburgo, Berlim e Bremen.
Atualmente, o termo cidade-Estado
também é, às vezes, empregado para designar cidades que se transformaram em
minúsculos países, como: Vaticano e Mônaco. Politicamente autossuficientes.
Singapura, na Ásia, conhecida internacionalmente como um
dos Quatro Tigres doOriente, uma referência a sua robusta economia, também é uma cidade-Estado. Ainda na
Ásia, Hong Kong e Macau também
são consideradas cidades-Estado por possuírem a maioria de sua população em uma
grande e dominante cidade em termos de território total.
No norte da África, Tânger foi uma cidade-Estado por algum
tempo no século passado. Quando a França e a Espanha dividiram o Sultanato de Marrocos em zonas administrativas de
acordo com o Tratado de Fez de 1912,
Tânger recebeu um statusespecial.
A Convenção
de 1923 transformou o status de Tânger em uma "cidade
internacional", governada por uma Assembleia
legislativa de vinte e seis representantes estrangeiros,
oriundos do Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Itália, Bélgica,Países Baixos, Suécia e Estados Unidos.
O poder executivo ficou
sob o manto doComitê de Controle, composto de representantes consulares
dos países signatários.
O poder do judiciário era administrado por cortes de juizes da
paz da Bélgica, França, Espanha e Reino Unido. Árabes e judeus tinham sistemas
de corte próprios.
Cidades-Estado da Grécia antiga
A partir do século VIII a.C.,
os gregos formaram as chamadas pólis, que eram cidades-Estados (cidades
autónomas): estas cidades eram economicamente autossuficientes (autarquia); tinham uma massa proporcionada de
cidadãos; era nestas cidades que se davam os cultos cívicos,
religiosos e aos heróis e tinham leis próprias.
Cidades-Estado nas
Américas
Algumas das mais notáveis cidades-Estado
da América Central foram:
Teotihuacán, localizada a vinte e cinco
quilômetros ao norte da atual Cidade do México; Copán, localizada em Honduras; Tula (México), uma cidade Tolteca que dominou a região central do
atual país do México; Texcoco, uma pequena cidade-Estado do México,
fundada por volta dos anos 1200 nas margens do (drenado) Lago Texcoco, a qual
veio a servir de base de planos de ataque dos conquistadoresespanhóis à capital de
Tenochtitlán (a atual Cidade do México); e ainda no México, a cidade-Estado
de Tlaxcala, vizinha da cidade-Estado de Texcoco
(citada acima), e rival invicta da poderosa cidade-Estado de Tenochtitlán, o que motivou seus líderes a
ajudarem os espanhóis em sua histórica conquista desta cidade-Estado, a capitalazteca de Tenochtitlán.
É importante notar o papel histórico da
jovem Malintzin, uma moça ameríndia também conhecida
como La Malinche ou Doña Marina. Malintzin, que já era bilíngue antes da chegada dos espanhóis,
tendo sido fluente em seu idioma materno, o nahuatl (idioma dos aztecas, também
conhecidos como mexicas) e yucateco (a
língua de seus amos, uma das línguas do tronco maia peninsular),
facilmente aprendeu também a falar ocastelhano uma vez em contato com os
espanhóis. Assim, dotada dessas habilidades linguísticas e, depois, adicionalmente,
também na condição íntima de amante do conquistador Hernán Cortez, ela veio a auxiliar grandemente
na devastadora dominação dos povos das terras da América Central pelos
invasores ibéricos.
Vale notar que algumas destas
civilizações da América Central chegaram
a manter redes de comércio muito expansivas a se estenderem, por exemplo, até
ao Vale de
Ohio, ao norte, no atual estado de Ohio (localizado entre os estados
de Nova Iorque eMichigan), na fronteira entre os Estados
Unidos com o Canadá. Quanto aos limites
meridionais destas vastas redes de empreitadas comerciais pelas cidades-Estado
da América Central, isso ainda não está bem claro e definido. Mas certo é que
obtiveram seus conhecimentos de ourivesaria de seus contatos comerciais
ao sul. Portanto, é concebível que tenham chegado a alcançar comercialmente,
através de povos intermediários, até as grandes civilizações andinas da América do Sul.
Algumas das cidades-Estado mais
notórias da América do Sul foram Chancay, Cusco, Sipan, Cajamarca e Caral;
esta última, supostamente, sendo a mais antiga de todas elas.
by: Scutuz Mangovsk
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